sábado, 20 de maio de 2017

Mais de 140 mil pessoas estão com o CPF negativado em Juiz de Fora e região

Por MGTV
20/05/2017 19h19

 
Mais de 140 mil têm CPF bloqueado em Juiz de Fora e região 
(Foto: Reprodução/TV TEM)

O número de pessoas com o Cadastro de Pessoa Física (CPF) negativado em Juiz de Fora e região passa de 140 mil. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas e pelo Serviço de Proteção ao Crédito. Apesar do número expressivo, o levantamento aponta queda na inadimplência de aproximadamente 2% na cidade.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juiz de Fora, Marcos Casarim, a queda na inadimplência se dá por conta da diminuição no consumo devido à crise econômica. “Todo mundo está se reeducando, eles não estão diminuindo nas compras, mas estão tendo mais cautela em fazê-las e isso ajuda a diminuir”, comentou. Com a crise econômica, isso tem impactado diretamente nas vendas do comércio do município.

O comerciante juiz-forano, Guilherme Franklin, relatou que já registrou inadimplência de até 4% entre os clientes dele e que, para evitar prejuízos, precisou rever as formas de pagamento. “Com o cheque pré-datado chegamos a ter um pouco de inadimplência e, partir do momento que chegou o produto do CDL chamado ‘cheque-garantia’, isso deu mais segurança e praticamente zerou a inadimplência”, concluiu.
G1 Zona da Mata

Recorde absoluto: em dois dias, houve nove pedidos de impeachment de Temer


Câmara recebe nove pedidos de impeachment de Temer
Charge do Brum (rabiscodobrum, zip.net)

Deu em O Tempo
(Agência Estado)

A Secretaria-Geral da Mesa Diretora da Câmara registrou na noite desta sexta-feira, 19, nove pedidos de impeachment contra o presidente Michel Temer em dois dias. O nono pedido é uma nova versão do documento conjunto protocolado na quinta-feira, 18, pela oposição. A diferença para o primeiro pedido dos oposicionistas está nos documentos apresentados pelos autores que assinam o documento. O teor do pedido se concentra na tese de que Temer cometeu crime de responsabilidade e obstruiu a Justiça.

A lista de pedidos de abertura de processo de afastamento do presidente inclui o do deputado Diego Garcia (PHS-PR), um do deputado João Henrique Caldas (PSB-AL), um do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um assinado por oito deputados tucanos e outro apresentado por um deputado estadual de Goiás, Junio Alves Araújo (PRP).

DOIS DE MOLON – A secretaria também registrou dois pedidos de impeachment de autoria do deputado Alessandro Molon (Rede-RJ). O teor dos pedidos é o mesmo, o que muda é a autenticação da assinatura. Mesmo com teor semelhante, a Secretaria considera como requerimentos diferentes, já que muda o número do protocolo.

A análise técnica para o deferimento ou não da admissibilidade dos pedidos considera o cumprimento de alguns pré-requisitos formais. Caberá ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidir se autorizará o andamento do processo de impeachment. A denúncia contra um presidente pode ser apresentada por qualquer cidadão, em documento assinado, com firma reconhecida e com documentos que comprovem os crimes supostamente cometido pelo presidente da República.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Rodrigo Maia não dará seguimento aos pedidos de impeachment. Ele foi informado de que Temer será cassado pelo TSE e já mandou até fazer o terno novo para tomar posse. Maia engordou muito nos últimos dias, porque não consegue conter a ansiedade e está comendo demais da conta, como se diz em Minas Gerais. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Comandante do Exército revela em vídeo ter doença degenerativa

Por G1, Brasília

24/03/2017 18h03 Atualizado 24/03/2017 18h24
O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ao dizer que tem doença degenerativa (Foto: Reprodução)

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em um vídeo publicado no YouTube nesta semana que tem uma "doença neuromotora de caráter degenerativo". Segundo Villas Bôas, essa doença tem causado a ele dificuldades para caminhar e, por isso, passou a usar bengala (assista ao vídeo; a partir do minuto 10).

A declaração foi dada durante uma entrevista ao programa "Comandante Responde", publicada na última terça-feira (21), pelo Exército. Na gravação, o general é questionado sobre um tratamento de saúde que começou no ano passado. Ele, então, responde:

"Eu prossigo no tratamento. É uma doença neuromotora de caráter degenerativo, que me trouxe algumas limitações, algumas dificuldades para caminhar e isso me tira um pouco da mobilidade para percorrer as unidades, assistir, acompanhar uma operação, participar de determinadas cerimônias, por exemplo. Mas eu estou no pleno desempenho da função."

O general tem 65 anos e está no Exército desde 1967. Nascido em Cruz Alta (RS), ele passou a comandar a corporação em janeiro de 2015, nomeado pela então presidente Dilma Rousseff.

'Plenas condições'
Na sequência da entrevista, Villas Bôas avalia que 2017 será um ano "muito denso", isso porque "já mostrou que exigirá muito de nós".

Somente em janeiro e em fevereiro, por exemplo, militares do Exército tiveram de ser deslocados para estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo para garantir a segurança pública.

Ao falar sobre a doença degenerativa, Eduardo Villas Bôas, então, acrescenta: "Eu me sinto plenamente em condições de prosseguir e de chegar até o final do comando, no momento em que o presidente julgar necessário".

Por fim, ele brinca ao dizer que o "prejuízo maior" será para o esporte nacional, uma vez que ele não poderá competir nos próximos Jogos Olímpicos.

"Como eu estou usando bengala, o Estado-Maior [das Forças Armadas] vai ter que elaborar as normas para utilização da bengala em serviços e cerimônias", acrescenta, sorrindo.
http://g1.globo.com/politica/noticia/comandante-do-exercito-revela-em-video-ter-doenca-degenerativa.ghtml

Forças Armadas não intervêm nem apoiam Temer, apenas cumprirão as leis


General Eduardo Villas Bôas descarta o golpe militar

Cristiane Jungblut
O Globo

Os comandos das três Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica) fizeram questão de garantir, neste momento de crise política, sua total subordinação aos preceitos constitucionais, em notas divulgadas nesta sexta-feira. A manifestação ocorreu horas depois de um encontro com o presidente Michel Temer e num momento de instabilidade política.

Nos textos, os comandantes militares disseram que foram “convocados” para o encontro onde se discutiu a conjuntura atual. Os comandantes militares destacam que as Forças Armadas têm seu papel determinado pela Constituição. O cuidado foi para evitar interpretações de que o encontro com Temer poderia ser um apoio ao presidente neste momento.

REUNIÃO FECHADA – Temer se reuniu com os três comandantes e ainda com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen. Em nota, o comandante do Exército, general Villas Bôas, “reafirma que a atuação da Força Terrestre tem por base os pilares da estabilidade, legalidade e legitimidade, e ressalta a coesão e unidade de pensamento entre as Forças Armadas”.

O general ainda fez questão de deixar clara sua posição nas redes sociais. No Twitter, escreveu que esteve com Temer e que reafirmou o “compromisso perene com a Constituição e em prol da sociedade”.

CONJUNTURA POLÍTICA – Na mesma linha, a nota da Aeronáutica é assinada pelo chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, brigadeiro Antonio Ramirez Lorenzo. A nota diz que o encontro foi para “tratar da conjuntura política”.

“Como de praxe em reuniões já realizadas entre esses atores, prevaleceram a unidade de pensamento e o estrito cumprimento das normas legais, características inerentes às Forças Armadas Brasileiras”, diz a nota.

Com o mesmo tom, a Marinha divulgou nota sobre o encontro, destacando que fora “convocada” pelo ministro da Defesa. Segundo o texto, foi ” discutida a conjuntura atual e destacada a total subordinação das Forças aos ditames constitucionais”.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em tradução simultânea, as Forças Armadas não vão intervir no processo político – nem a favor, nem contra Temer. Apenas cumprirão o que dizem as leis. Ou seja, Temer vai cair de podre, o Congresso elegerá novo presidente para o mandato-tampão, e vida que segue, como dizia nosso amigo João Saldanha. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Documentos de Santana e Mônica incriminam Dilma de forma definitiva

Ilustração reproduzida da IstoÉ

Sérgio Pardellas e Germano Oliveira
IstoÉ

A reportagem da IstoÉ teve acesso às 820 páginas que compõem o processo de colaboração premiada dos marqueteiros João Santana e de sua mulher, Mônica Moura. Os documentos anexados como provas vão além da delação – e liquidam de vez a ex-presidente Dilma Rousseff. Desmontam a tese, alardeada nos últimos dias por Dilma, de que aquele que atuou durante anos como o seu principal conselheiro político, bem como sua esposa, mentiram à Justiça em troca da liberdade.

A Agenda entregue à Lava Jato por Mônica Moura com o registro “reunião pessoal tia” e bilhetes de viagem (trecho Nova York-Brasília) ajudam a comprovar encontro mantido entre a publicitária e a então presidente Dilma Rousseff em novembro de 2014. Na reunião, Dilma disse que estava preocupada que a Lava Jato chegasse à conta na Suíça, que recebeu depósitos de propinas da Odebrecht

SEM INOCÊNCIA – A militância costuma preferir narrativas a provas, para dourá-las ao sabor de suas conveniências. Não é o caso aqui. Reportagem de IstoÉ tira o véu da “ex-presidenta inocenta”. A papelada comprova que Dilma incorreu em toda sorte de crimes ao ter: 1. Despesas pessoais pagas com dinheiro de corrupção desviado da Petrobras, mesmo quando não estava em campanha; 2. Atuado dentro do Palácio da Alvorada no sentido de tentar obstruir a Justiça; 3. Orientado a ocultação de recursos ilícitos no exterior e 4. Determinado a transferência de dinheiro sabidamente ilegal para os cofres de sua campanha, por meio de integrantes do primeiro escalão do governo.

Em suma, os documentos atestam que a ex-presidente da República, durante o exercício do cargo, participou ativa, direta e pessoalmente do esquema do Petrolão.

Uma das provas vinculadas ao acordo de colaboração premiada mostra que Mônica Moura bancou despesas privadas da presidente Dilma, como diárias no Hotel Bahia Othon Palace, em Salvador, no dia 24 de novembro de 2009 – portanto fora do período eleitoral e quando a petista não era nem presidente da República ainda. O dinheiro era oriundo da Polis, empresa de propriedade de Mônica e João Santana, cujo caixa era abastecido com dinheiro desviado da Petrobras.

ATÉ CABELEIREIRO – Os documentos obtidos por IstoÉ comprovam também que os publicitários custearam até os operadores de teleprompter de Dilma. Eles acompanhavam a petista, já investida no cargo de presidente, em compromissos oficiais dentro e fora do País. Uma das faturas somou R$ 95 mil. Na delação, Mônica e Santana ainda relatam os pagamentos “por fora” ao cabeleireiro Celso Kamura, destacado para atender Dilma no Planalto antes, durante e depois da campanha.

Na documentação em poder do STF, o casal anexou uma nota de R$ 50 mil e um bilhete eletrônico para não deixar margem para dúvidas de que pagou viagens do renomado cabeleireiro a Brasília antes mesmo da eleição. O material é gravíssimo, pois enquadra Dilma por improbidade administrativa, o ato de “auferir vantagem patrimonial indevida em razão do exercício do mandato”. Trata-se do designativo técnico para conceituar corrupção administrativa.

De acordo com os marqueteiros, Dilma não só sabia que o casal Santana recebia dinheiro não contabilizado, das propinas da Odebrecht, como também orientou Mônica a blindar os recursos ilícitos depositados na Suíça, transferindo-os para uma conta “mais segura” em Cingapura.

LAVA JATO -A ex-presidente demonstrava preocupação com o desenrolar da Lava Jato. Em novembro de 2014, determinou que Edinho Silva, então tesoureiro, convocasse Mônica para uma importante conversa. A mulher de João Santana estava de férias em Nova York com o marido, mas diante do chamado da presidente pegou o primeiro avião para Brasília. Ao desembarcar no Palácio da Alvorada, Dilma a levou para um passeio pelos jardins, como se quisesse contar um segredo, sem testemunhas. Insistiu que estava preocupada com a conta na Suíça, pois sabia do depósito das propinas.

Para registrar essa reunião, Mônica escreveu em sua agenda particular “reunião pessoal tia”. A cópia da agenda, que IstoÉ apresenta nesta edição, consta do material sigiloso remetido ao STF. Confere verossimilhança ao relato de mulher de Santana e enterra o argumento de Dilma de que o casal mentiu à Justiça a respeito do encontro.

E-MAIL FALSO – Na mesma conversa, a ex-presidente propôs que as duas se falassem com mais freqüência, sempre sob total sigilo. A própria Dilma, então presidente da República, se encarregou de arrumar um modo de repassar a Mônica as informações privilegiadas: por meio de uma conta de email (2606iolanda@gmail.com) em que ambas teriam a senha de acesso. As mensagens seriam cifradas e salvas na pasta “rascunho”.

As cópias das mensagens eletrônicas integram o material hoje nas mãos da Justiça. São evidências indiscutíveis de obstrução de Justiça, com potencial para condenar a ex-presidente à prisão. Numa das mensagens, a publicitária escreve: “Vamos visitar nosso amigo querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que pode nos ajudar nisso, né?”.

Mônica referia-se à intenção do casal de publicitários de evitar que fossem presos tão logo desembarcassem no Brasil no dia 23 de fevereiro de 2016, advindos da Republica Dominicana. Além da mensagem, a marqueteira incluiu entre os documentos da delação senhas e cópia do wifi do Alvorada no dia da criação do email.

O DINHEIRO SUJO – Antes da campanha de 2014, ficou acertado que o marketing custaria R$ 105 milhões, dos quais R$ 70 milhões seriam pagos “por dentro”, resultado de arrecadações oficiais, e outros R$ 35 milhões “por fora”, dinheiro de caixa dois, que Dilma arrecadaria com empreiteiras. A determinação da presidente era no sentido de que Mônica procurasse Giles Azevedo, assessor de confiança, para acertar os detalhes do pagamento por fora, classificado por ela de “tradicional”. Foi então que Giles, orientado por Dilma, recomendou à Mônica que se entendesse com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Nas conversas mantidas com Mantega, Mônica se referia ao ministro como “laticínio”, numa alusão à “manteiga”, fato que ela comprovou abrindo sua agenda aos investigadores. Uma das páginas exibe o manuscrito: reunião com “laticínio”, constituindo mais uma evidência de que, ao contrário do que afirmou Dilma, Mônica e Santana estavam bem calçados em seu acordo de delação.

Depois de apeada do Planalto, a ex-presidente foi citada em 38 fatos de irregularidades na delação da Odebrecht, muitos dos quais se configuram crimes, como o uso de dinheiro sujo da corrupção na Petrobras. Por isso, a petista deverá responder a vários inquéritos por corrupção quando as delações chegarem ao juiz Sergio Moro, como já decidiu o ministro do STF, Edson Fachin. Hoje, ela já responde a inquérito criminal por obstrução de Justiça ao tentar nomear Lula ministro da Casa Civil.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dilma também é investigada no Supremo por nomear Navarro Dantas para ministro do STJ com a missão de libertar Marcelo Odebrecht. Foi o mais grave crime cometido por ela. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

A moralidade estuprada por um presidente que não renuncia

Temer alega que a gravação foi editada e teve cortes

Fernando Orotavo Neto

“Não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas o que você pode fazer pelo seu país” – a frase é de John Fitzgerald Kennedy, 35º Presidente dos Estados Unidos. Mais do que isso. É a frase que separa um simples governante de um estadista. E o que é um estadista? Um estadista é o governante que se preocupa com o bem comum, acima de seus interesses pessoais.

Todos sabemos que para se tirar um Presidente do cargo há regras e procedimentos. É o que os juristas chamam de princípio da legalidade. E sabemos, igualmente, que até Lúcifer tem direito de defesa. É o que separa um governo bolivariano de um Estado Democrático de Direito. Mas porque então as palavras de Kennedy ecoam na minha mente?

VALOR DA MORALIDADE – Eu explico. É que há momentos em que o valor supremo da moralidade administrativa deve prevalecer sobre o direito individual, embora fundamental, da presunção de inocência.

A questão não é saber se Temer é culpado ou inocente, pois ele terá sempre o direito a se defender, no momento processual próprio, mas de acabar com o sofrimento das pessoas de bem, ordeiras, dignas e honestas, que não aguentam mais acordar num país órfão de moralidade.

Quando Richard Nixon renunciou, por causa do escândalo da invasão do edifício Watergate, é bem verdade que ele ficou proscrito por um tempo, mas não é menos verdade que hoje se reconhece o bem que ele fez à nação norte-americana. Alguns economistas, inclusive, reconhecem que ele foi importantíssimo para a economia, em função de ter, no seu governo, desatrelado a emissão do dólar ao chamado “padrão-ouro”.

INTERESSE PÚBLICO – Parece-me que Temer poderia trilhar o mesmo caminho. Assim como Nixon, a história poderá redimi-lo, ou não. Mas, se renunciar, terá mais chances de que isso aconteça, pois ao menos se reconhecerá que ele não foi covarde e, em algum momento, colocou o interesse público acima de suas vaidades e interesses pessoais, como, aliás, deveria fazer todo Estadista.

O Brasil precisa se recompor, pois como diz a música da Legião Urbana, cada dia quando acordamos não temos mais o tempo que passou (Tempos Perdidos).

Nossa democracia é jovem. Não temos que nos envergonhar dos percalços, nem dos erros cometidos. O erro só prova que somos humanos. Deus criou o erro para que existisse o perdão. Será mais fácil que a história perdoe os erros de Temer do que a sua falta de coragem em renunciar. Se não renunciar, passará para a estória como um covarde, como um traidor do povo, um oportunista.

O QUE IMPORTA? – A voz do povo diz que a burrice é cega, assim como o amor. Tendo a concordar. Ainda a mais quando o Temer presidente teima em não ouvir a consciência do Temer professor de direito constitucional. Faça uma ponderação e um balanceamento, Sr. Presidente. O Senhor conhece o método exegético, e deve verificar o que é mais importante para o Brasil nesse momento: a presunção de inocência (individual) ou a moralidade administrativa (pro societatis)?

Quando ficamos sabendo pelos jornais que o Brasil é governado pelas grandes corporações (Odebrecht, Queiroz Galvão, Delta, JBS, Facility e tantas outras) e não pela ideologia e pelo voto, e que a longa manus dos empresários se estende à CVM, ao Banco Central e ao BNDES, a esperança do povo recebe uma violenta bofetada na cara, pois o cidadão comum passa a perceber que a sua voz não tem representatividade alguma e que vivemos uma Democracia de aparências, “para inglês ver”.

ANTECIPAR A SAÍDA – Certamente, Temer sairá do cargo no dia 6 de junho quando o TSE condenar a chapa Dilma-Temer. Podia, entretanto, dar exemplo de coragem para os nossos filhos e netos, para a nova geração que vem aí, e deixar o cargo com um mínimo de dignidade.

O Brasil não pode esperar. Precisamos restabelecer a esperança política e buscar na meritocracia a nomeação para preenchimento de todos os cargos públicos, via concurso. Não dizima a corrupção, vício do ser humano, é claro, mas ajuda a mitigá-la. Por que o BNDES, a CVM e o Banco Central não são comandados pelos seus funcionários de carreira concursados? Por que não são livres e independentes das politicagens e conchavos políticos?

Não se percebe que as duas instituições que ainda funcionam e guardam alguma independência moral são a Polícia Federal e a Procuradoria da República, exatamente porque seus membros são inamovíveis, concursados, e estão protegidos da discricionariedade própria dos políticos de ocasião? É assunto sério a ser discutido, possivelmente através de um Projeto de Emenda Constitucional.

O País está envergonhado, Sr. presidente. Não estupre a moralidade. Apenas renuncie. Será melhor para todos, inclusive para o senhor e para os nossos filhos. O Brasil agradece penhorado!

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PS – Mas, antes, ligue para o Pezão. Convença o cúmplice de Sérgio Cabral a acompanhá-lo nessa corajosa e imprescindível decisão. O Rio de Janeiro também lhe agradece!Posted in Tribuna da Internet

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Vereadores se desentendem na Câmara Municipal de Juiz de Fora

Lula e Dilma ficaram calados, porque receberam US$ 150 milhões da JBS

Ilustração reproduzida do site Imprensa Viva

Eduardo Bresciani
O Globo

Além do presidente Michel Temer e do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, Aécio Neves, a delação da JBS envolve os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ministros da atual gestão e governadores de estado. No caso dos ex-presidentes, o empresário Joesley Batista e o executivo Ricardo Saud relataram pagamentos em contas no exterior tanto para Lula quanto para Dilma. O saldo dessas contas em 2014 teria chegado a US$ 150 milhões. O ex-ministro Guido Mantega seria o intermediário dos pagamentos que eram devidos em razão de esquemas criminosos no BNDES e em fundos de pensão. Em 2010, por intermédio do ex-ministro Antonio Palocci teria sido feito outro repasse, de R$ 30 milhões, para a campanha de Dilma.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi acusado por Ricardo Saud. Segundo o relato, o peemedebista recebeu R$ 5 milhões pela atuação em uma Medida Provisória que disciplinava créditos de PIS/Cofins.

MINISTROS ATUAIS – No caso dos ministros do governo Temer, Gilberto Kassab foi citado como beneficiário de propina por Wesley Batista, irmão de Joesley, e também pelo executivo Ricardo Saud. Em relação a Marcos Pereira, Joesley relatou aos investigadores ter pago propina em troca da aprovação de um empréstimo de R$ 2,7 bilhões para a JBS pela Caixa Econômica.

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), é citado junto com seu antecessor André Puccinelli (PMDB) como beneficiário de pagamentos de R$ 150 milhões entre 2007 e 2016 como contrapartida a benefícios fiscais recebidos pelo grupo empresarial.

O governador mineiro Fernando Pimentel (PT-MG), foi acusado de receber R$ 3,6 milhões no período em que ocupou o ministério do Desenvolvimento na administração Dilma Rousseff.

OUTROS GOVERNADORES – O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD-RN), é acusado de ter recebido junto com seu filho, o deputado Fábio Faria (PSD-RN) um pagamento de R$ 5 milhões em propina em troca da privatização da companhia de água e esgoto do estado.

No caso do governador catarinense, Raimundo Colombo (PSD-SC), a acusação é de pagamento de R$ 10 milhões em troca de favorecimento na licitação na companhia de água e esgoto do estado.

São citados como beneficiários os ex-governadores Cid Gomes (PDT-CE), que teria recebido R$ 20 milhões em troca de liberação de créditos de ICMS, Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que teria recebido R$ 40 milhões em propina, e Silval Barbosa (PMDB-MT), que recebeu pagamentos em troca de benefícios fiscais à JBS.

SENADORES – Aparecem ainda na delação os senadores José Serra (PSDB-SP), tendo recebido R$ 20 milhões a pretexto de campanha, e Marta Suplicy (PMDB-SP), como beneficiária de R$ 1 milhão em 2010 e R$ 3 milhões em 2014.

Delator da Lava-Jato, Delcídio Amaral foi mencionado como sido beneficiário de propina de R$ 5 milhões em troca de uma concessão, fato que não consta de sua colaboração.

Há relatos ainda de pagamentos para o deputado João Bacelar (PR-BA) e para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Fica explicado o silêncio de Lula e Dilma sobre a delação premiada dos irmãos Batista. É que os dois ex-presidentes petistas estavam no mesmo esquema criminoso, embora em quadrilhas diferentes. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet