sábado, 25 de fevereiro de 2017

Pastor Silas Malafaia é indiciado pela Polícia Federal por lavagem de dinheiro

Malafaia já sofreu condução coercitiva para depor

Correio Braziliense
(Agência Estado)

O pastor Silas Malafaia, da Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de dinheiro. Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva – quando o investigado é levado a depor e liberado. A Operação Timóteo investiga um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da exploração mineral (65% da chamada Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM – tem como destino os municípios).

Malafaia é suspeito de apoiar a lavagem do dinheiro do esquema, que recebeu valores do principal escritório de advocacia investigado. A suspeita a ser esclarecida pelos policiais é que este líder religioso pode ter “emprestado” contas correntes de uma instituição religiosa sob sua influência com a intenção de ocultar a origem ilícita dos valores.

O PODER DAS TREVAS – O mandado de condução coercitiva na Operação Timóteo provocou a ira do pastor Silas Malafaia. No dia da condução coercitiva, em seu Twitter, colérico, o pastor publicou mensagens, áudio e vídeo negando as suspeitas da investigação. “Eu sei o poder das trevas”, afirmou em áudio.

O nome da operação é referência a uma passagem do livro Timóteo, integrante da Bíblia Cristã: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição”.

Marco Aurélio Mello, ao libertar Bruno, abriu a porta para abafar a Lava Jato

Marco Aurélio cometeu o maior erro de sua carreira

Jorge Béja

Na Faculdade de Direito, até os alunos sabem que as decisões do Tribunal do Júri são soberanas. Se os jurados decidem que o réu é culpado, a segunda instância, isto é, o tribunal a quem compete julgar o recurso, não pode substituir a decisão do Júri para proclamar que o réu é inocente. Isso jamais aconteceu. No máximo pode mandar o réu ir a novo julgamento, com a anulação do primeiro. O tribunal também pode rever o quantificação da pena, além de outras questões meramente processuais. Mas quanto ao mérito, se culpado ou inocente, só o Conselho de Sentença, que é a reunião dos sete jurados, é quem tem a soberania para decidir.

Mas o ministro Marco Aurélio passou por cima dessas premissas primárias que se aprende nas faculdades e que até muitos leigos sabem. Se o Tribunal de Justiça de Minas Gerais está há quatro anos para realizar o julgamento do recurso que o ex-goleiro apresentou contra a decisão soberana do Tribunal do Júri, seria o caso de o ministro Marco Aurélio fixar prazo para o julgamento, expedindo ordem nesse sentido ao TJ-MG. Mas, não. Fez exatamente o que não devia nem podia.

SEM INFORMAÇÕES – Marco Aurélio, mesmo sem pedir informações (nos habeas corpus, normalmente o juiz, antes de decidir sobre o pedido de liminar, pede informações à chamada autoridade coatora, contra quem o habeas é impetrado), decidiu pela soltura do ex-goleiro. A decisão não foi do STF, mas de um de seus ministro, a quem coube, por sorteio que ninguém vê e ninguém sabe como é feito, receber o habeas-corpus e dele se tornar relator.

Agora, voltemos à reflexão que contém o artigo ontem publicado aqui na TI. Se o ex-goleiro, condenado por um tribunal soberano a 22 anos de reclusão, e que se encontrava cumprindo a pena, é solto, é posto em liberdade, indaga-se: os presos da Lava Jato, tanto aqueles que ainda nem foram julgados e aqueles outros, já julgados, mas por um juiz singular, todos eles também não passam a ter o direito de serem soltos com base na decisão do ministro Marco Aurélio neste caso Bruno?

Daí a razão para que esta decisão do ministro Marco Aurélio represente uma grande porta que se abre para a soltura dos corruptos da Lava Jato e de outras operações similares e que se encontram presos. No mínimo cria forte precedente.

SEM CULPA FORMADA? – E o ministro escreveu na decisão que libertou o ex-goleiro que não é justo nem jurídico uma pessoa cumprir mais de 6 anos de cárcere “sem culpa formada”.

Como, ministro, sem culpa formada? E a soberana decisão do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri que viu autoria, viu culpa formada e condenou o ex-goleiro a 22 anos de reclusão? A decisão dos jurados deixou de ser soberana? Por acaso, tribunal revisor da decisão a que chega o Conselho de Sentença de um Tribunal de Júri pode concluir pela culpa ou inocência do réu, formada ou não formada? Ou o tribunal revisor, caso a decisão seja contrária à prova dos autos, deve se limitar a determinar novo júri?

É claro que o senhor ministro sabe que sua decisão nunca poderia ter adentrado no mérito da autoria e da culpa, uma vez que é prerrogativa exclusiva e soberana do Conselho de Sentença.

FORA DOS TRILHOS – Ah!, ministro Marco Aurélio, nesta quadra de sua vida, da vida do nosso Brasil, perdoe-me dizer que o senhor saiu fora do trilho dos códigos e das leis. E de quebra ou por inteiro, abriu precedente para que todos os demais investigados, denunciados presos na Lava Jato e operações congêneres venham ganhar também a liberdade.

Abre a possibilidade de que a decisão venha colocar na rua, por exemplo, um Eduardo Cunha, um Sérgio Cabral ,que nem julgados foram, menos ainda por um tribunal. Ou um Zé Dirceu e alguns outros, já sentenciados e condenados, mas por um juiz de primeiro grau, e não por um tribunal.

Ora, se o ex-goleiro, condenado por um tribunal soberaníssimo, como é o Tribunal do Júri, foi solto sem o cumprimento integral da pena, por que Cunha, Cabral & Cia devem ficar presos, se nem condenados foram por um juiz de primeiro grau, quiçá por um tribunal?

Agora, Marco Aurélio abriu precedente. E a partir de hoje pode dar entrada no STF uma pletora de Habeas-Corpus para os corruptos da Lava Jato e outras operações do mesmo ramo.
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PF dá exemplo e manda prender um delegado federal que se corrompeu

Charge do Zé Dassilva, reproduzida do Arquivo Google

Deu em O Tempo
(Agência Estado)

A Polícia Federal deflagrou neste sábado, dia 25, a Operação Corrumpere para desarticular uma organização criminosa composta por um delegado de Polícia Federal de Londrina (PR), um proprietário de uma empresa de segurança privada e outros envolvidos.

Cerca de 40 policiais federais cumprem 6 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva e 4 de busca e apreensão, todos na cidade no norte paranaense. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Federal Criminal de Londrina.

As investigações apontam que o delegado de Polícia Federal solicitou vantagem indevida ao proprietário de uma empresa de segurança privada. Em troca, o policial deixaria de realizar o indiciamento formal do empresário em inquérito policial que apurava sua conduta.

Os presos, na medida de suas participações, poderão responder pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e peculato. Eles serão transferidos para Brasília.

A denominação Operação Corrumpere é uma referência ao ato de corromper, “que causa a destruição das instituições públicas, maculando a estrutura de um País, causando em última instância prejuízos incalculáveis à nação”, segundo informou a PF.

MPF ajuíza ações contra militares do Exército e empresários de Juiz de Fora

24/02/2017 18h41 - Atualizado em 24/02/2017 18h41

Do G1 Zona da Mata

O Ministério Público Federal (MPF) em Minas Gerais ajuizou seis ações de improbidade contra militares do 10º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro (EB), em Juiz de Fora, e cinco contra empresários da cidade. Todos os denunciados são acusados de fraudar contratações e compras públicas. Os oficiais atestavam falsamente a aquisição de bens e serviços fornecidos das empresas para o batalhão.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do EB, que ainda não se manifestou.

Os casos investigados aconteceram entre 2010 e 2013 e, em todos eles, os procuradores narraram irregularidades praticadas nos contratos, onde os agentes públicos “proporcionaram enriquecimento ilícito às pessoas jurídicas, mediante a realização de pagamentos indevidos por serviços e bens que, na verdade, não foram prestados ou fornecidos à Administração", conforme comunicado do MPF.

Os militares atestavam a execução dos contratos, recebiam as notas fiscais fictícias e autorizavam a realização dos pagamentos. Como a fraude era praticada com serviços e compra de materiais de consumo, que não são incorporados formalmente por registro de patrimônio, a apuração dos crimes era mais difícil. Outro empecilho era que os bens não eram entregues, então os preços praticados eram muito abaixo dos de mercado, para que o mesmo grupo sempre vencesse as licitações.

Ainda segundo o Ministério Público, a prática é grave e pode envolver variações de outros crimes, como fraude em licitação, falsidade ideológica, dispensa indevida de licitação e apropriação do dinheiro por agentes públicos ou o seu desvio em proveito próprio ou alheio.

Durante as investigações, o EB colaborou, apresentação ao MPF várias informações solicitadas. Se os réus forem condenados, estarão sujeitos às sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, entre elas, perda das funções, pagamento de multa, suspensão dos direitos políticos, ressarcimento ao erário e proibição de contratar com o Poder Público e de receber incentivos fiscais ou creditícios de instituições públicas.

Detalhes de alguns casos
De acordo com o MPF, duas das empresas que foram beneficiadas com os atos ilegais dos militares têm o mesmo sócio e são registradas no mesmo endereço, em Ubá, na Zona da Mata. Juntas, ambas acumularam quase R$ 3 milhões em pagamentos recebidos de órgãos e entidades federais, dos quais mais de R$ 500 mil foram provenientes do 10º Batalhão de Infantaria.

Os três contratos assinados pelas empresas com a unidade do EB eram destinados à execução de serviços, como manutenção e reparo em telhados, demolição de cobertura, fornecimento e instalação de revestimento cerâmico e de vasos sanitários, além da manutenção em equipamentos do Serviço de Aprovisionamento.

No entanto, o MP garantiu que "não há no processo de pagamento qualquer planilha de medição que comprovasse a prestação dos serviços e permitisse a regular liquidação das despesas".

Em outro caso, em 2011, o EB realizou uma licitação para contratar 28 serviços de manutenção nos equipamentos do batalhão e justificou a necessidade para redução de custos, para que os equipamentos pudessem continuar funcionando em perfeito estado. Após o processo, dos 28 serviços, a unidade se limitou a contratar apenas os seis itens registrados pela empresa, contradizendo a justificativa apresentada.

O mesmo tipo de irregularidade ocorreu em diferentes contratos com outras empresas. Duas delas, por exemplo, venceram vários itens de uma licitação para serviços de manutenção de imóveis, como instalação e conserto de registros, substituição de encanamentos, instalação de ducha elétrica, reforma no alojamento, entre outros. Muitos dos serviços atribuídos a essas empresas não deixam vestígios, o que inviabiliza a verificação da execução.

Além disso, muitos outros serviços comprovadamente não foram executados, uma vez que dependeriam de materiais que precisam ser fornecidos pelo órgão contratante, mas que jamais existiram no 10º Batalhão de Infantaria.

Policiais do ES retornam ao trabalho após acordo com movimento de esposas

25/02/2017 13h50
Brasília
Alex Rodrigues - Repórter Agência Brasil

O comandante da PM, Nywton Rodrigues, ao lado do secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

O Comando da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo anunciou que todo o efetivo da corporação já retornou ao trabalho, conforme as escalas de serviço. O fim do bloqueio da entrada de batalhões por mulheres de soldados e oficiais após 21 dias de ocupação foi acertado durante reunião entre manifestantes e representantes do governo capixaba.

O encontro ocorreu na noite desta sexta-feira (24) e foi mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, os 3 mil homens das Forças Armadas enviados ao estado para garantir a segurança da população durante a crise vão permanecer por mais tempo, atuando de acordo com o cronograma já em execução.

De acordo com o comando da PM, os policiais já vinham retornando à rotina nas últimas três semanas. Antes da reunião com as mulheres dos policiais e associações, o comando-geral da corporação contabilizava a normalização dos serviços em 43 cidades capixabas. Mesmo assim, durante a conversa, o comando aceitou algumas das reivindicações para que o grupo encerrasse os protestos.

“A negociação aconteceu sempre. Nossa premissa número um era evitar a utilização do uso progressivo da força. A premissa número dois era resolver essa crise através da conversa, da negociação, do bom senso. Isso tudo foi feito. Ontem, acordamos que não haverá nenhum tipo de perseguição, que a conduta dos policiais será individualizada e que o retorno ao trabalho vai colaborar para a defesa do policial”, disse o comandante.

Punições
Segundo Rodrigues, os inquéritos policiais militares e procedimentos administrativos instaurados contra PMs que ficaram sem trabalhar vão ser apurados e transcorrerão normalmente, mas a volta ao trabalho será levada em conta, podendo abrandar eventuais punições. O governo do Espírito Santo também se comprometeu a discutir a retirada das ações contra parentes de policiais. Além disso, o comandante-geral disse hoje (25) à imprensa que vai tentar cancelar o afastamento dos policiais que respondem a processos administrativos para que possam voltar a exercer suas funções durante a apuração. Os PMs transferidos para outras cidades também voltarão a suas unidades de origem.

“Nossa principal preocupação é o retorno da totalidade do policiamento às ruas do estado, que é o que já está acontecendo”, acrescentou o comandante, pedindo desculpas à população em nome da corporação. “Estamos de volta, na nossa totalidade, e a população pode voltar a contar com a PM, pois cumpriremos nossa missão.”

Durante a reunião na sede do MPT, o secretário de Direitos Humanos, Júlio César Pompeu, disse que as negociações foram dificultadas pelo tempo que durou o bloqueio aos batalhões porque o próprio movimento não chegava a consenso sobre as reivindicações do grupo.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

Jovens são agredidos e roubados por grupos em Juiz de Fora

25/02/2017 10h58 - Atualizado em 25/02/2017 10h58

Do G1 Zona da Mata

Dois rapazes foram agredidos por um grupo em roubos registrados no Centro de Juiz de Fora na noite de sexta-feira (24) e na madrugada deste sábado (25). Os ladrões levaram o celular e a bicicleta das vítimas.

No primeiro caso, registrado no fim da noite de sexta-feira, um rapz de 23 anos passava pela Avenida Francisco Bernardino quando foi cercado por quatro homens. Um deles o segurou pelo pescoço e o jogou no chão. Ele foi chutado pelos outros três. O grupo levou o celular do rapaz e fugiu a pé sentido Centro. A vítima recusou atendimento médico.

No segundo caso, já na madrugada de sábado, um jovem de 19 anos estava empurrando uma bicicleta na Avenida Presidente Itamar Franco, no Centro, acompanhado de um amigo, quando os dois foram cercados por nove homens. Ele foi agredido com socos e chutes e derrubado. Os criminosos roubaram a bicicleta e o celular do jovem e fugiram em direção à Avenida Rio Branco. A vítima foi socorrida por pessoas que passavam pelo local.

Ninguém foi preso. Os dois casos serão encaminhados para investigação na Polícia Civil.

Homem é atingido por tiro na perna e morre em Juiz de Fora

25/02/2017 10h10 - Atualizado em 25/02/2017 10h10

Do G1 Zona da Mata

Um homem de 37 anos morreu depois de ser atingido por um tiro na perna direita, na Rua Brasilino Ferreira Oliveira, no Bairro São Bernardo, em Juiz de Fora. O crime ocorreu na noite desta sexta-feira (24). A Polícia Militar informou que ele estava na calçada quando uma caminhonete parou e dois ocupantes atiraram contra a vítima.

A bala atingiu a artéria femural, o que provocou um forte sangramento. Ele chegou a ser socorrido até um hospital particular, mas não resistiu. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) e será enterrado no Cemitério Municipal neste sábado (25).

Os criminosos fugiram e não foram encontrados. O caso será encaminhado para a investigação da Polícia Civil.