sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Começou a festa: Petrobras vende gasodutos à Brookfield por US$ 5,2 bilhões

Charge do Peu Teles, reprodução do Arquivo Google

Nicola Pamplona
Folha

A Petrobras informou nesta sexta (23) que seu conselho de administração aprovou a venda da malha de gasodutos do Sudeste a consórcio liderado pela canadense Brookfield por US$ 5,19 bilhões. O valor corresponde a 35% da meta do plano de venda de ativos da Petrobras para o período entre 2015 e 2016, que é de US$ 15,1 bilhões. Na segunda, a companhia anunciou nova meta, de vender mais US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018.

A operação fechada com a Brookfield envolve 90% da Nova Transportadora do Sudeste, empresa criada em 2015 a partir da cisão da Transportadora Associada de Gás, subsidiária da estatal que detinha os ativos de transporte de gás natural.

O consórcio comprador é formado ainda pelo fundo de pensão British Columbia Investment Management Corporation (BCIMC), e os fundos soberanos da China e de Cingapura.

CONTRIBUIÇÃO – “Essa operação abre oportunidades para que parcerias com outras empresas, com larga experiência e condições de investimento, contribuam para o fortalecimento da indústria de gás natural no Brasil.”, disse à estatal, em nota divulgada nesta sexta.

A primeira parcela do pagamento, correspondente a 84% do valor total (US$ 4,34 bilhões), será paga no fechamento da operação e o restante (US$ 850 milhões), em cinco anos.

A conclusão da transação está sujeita à aprovação da Assembleia Geral da Petrobras e de órgãos reguladores, ressaltou a estatal.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Petrobras era um orgulho nacional. Agora, seus ativos estão sendo vendidos ao capital estrangeiro, sem uma prévia discussão, nada, nada. Basta autorização do Conselho, que já foi presidido por pessoas desclassificadas como Dilma Rousseff e Guido Mantega. Hoje, a Petrobras é uma vergonha nacional. (C.N.)

Policiais reformados são mortos a tiros na Baixada Fluminense

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23/09/2016 11h20
Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

Dois policiais militares reformados foram mortos a tiros na manhã de hoje (23) na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura de Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Segundo a Polícia Civil, eles trabalhavam com o monitoramento e escolta de cargas.

A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) acredita que eles sofreram uma tentativa de assalto, reagiram e foram baleados.

A DHBF fez uma perícia no local e está apurando as circunstâncias e a autoria do crime.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Candidato a prefeito de Japeri, no Grande Rio, sofre atentado e reage com tiros

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23/09/2016 12h12
Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

Um candidato a prefeito de Japeri, na Baixada Fluminense, sofreu um atentado a tiros na madrugada de hoje (23). André Luis de Oliveira Cristino, mais conhecido como Andrezinho de Japeri, de 39 anos de idade, foi atacado quando chegava em casa após um compromisso de campanha, segundo a Polícia Civil. O candidato não se feriu.

O político, que também é policial militar, foi surpreendido quando conduzia seu veículo e foi fechado por outro carro de onde dois homens desembarcaram e efetuaram diversos disparos contra seu carro. André, que por ser policial portava arma no momento da ocorrência, reagiu aos disparos e atingiu os criminosos, que conseguiram fugir, apesar dos ferimentos.

Andrezinho foi ainda na manhã de hoje à 63ª Delegacia de Polícia em Japeri, para abertura de inquérito. A Polícia Civil também informou que a perícia já foi realizada no veículo e que um procedimento policial foi instaurado para apurar as circunstâncias e autoria do atentado.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Dois em cada dez médicos desconhecem os perigos do álcool na gravidez

23/09/2016 12h36
São Paulo
Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil

De acordo com o presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, a ingestão de álcool na gravidez pode levar à Síndrome Alcoolica Fetal, responsável por má formação do feto, com efeitos a longo prazo - Ana Nascimento/MDS/Portal Brasil

Pesquisa realizada pela Sociedade de Pediatria de São Paulo aponta que 22,7% dos médicos que acompanham o pré-natal de mulheres grávidas desconhecem os perigos da ingestão de álcool nesse período. Esses médicos disseram recomendar até uma dose de vinho às suas pacientes.

Cláudio Barsanti, presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, esclarece que não há níveis seguros para o consumo. “Qualquer dose de álcool, em qualquer fase da gestação, é extremamente prejudicial, pode levar a alterações que não tem mais cura”, disse.

Para o estudo, foram ouvidos 1.115 médicos pré-natalistas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Segundo o estudo, 44,8% das pacientes sequer informam ao médico se consomem ou não bebidas alcoolicas.

De acordo com Cláudio, a ingestão de álcool na gravidez pode levar à Síndrome Alcoolica Fetal, responsável por má formação do feto, com efeitos a longo prazo. “O vinho em pequenas doses teria um efeito protetor cardiovascular, essa informação está certa. Só que não precisa consumir o vinho durante a gestação. Na balança do custo-benefício, melhor não utilizar álcool durante a gestação”, disse.

A médica pediatra neonatologista Conceição Aparecida de Matos Segre explica que, quando a mulher ingere a bebida, o álcool cai diretamente na corrente circulatória do feto e se acumula no líquido amniótico. “Fica com um verdadeiro reservatório de álcool, que o bebê fica ingerindo, e que demora muito mais para eliminar”, disse.

O bebê tem o sistema nervoso central afetado e a mulher pode até sofrer aborto. Quando nascem, os bebês podem apresentar má formação no rosto e desenvolver problemas à medida que crescem, como retardo mental, dificuldades de aprendizagem, hiperatividade e problemas motores.

Como médica, Aparecida já presenciou muitos pacientes com a síndrome. “O primeiro caso que eu vi na minha vida, em 1978, eu nem sabia o que era a síndrome. Nasceu o bebezinho com um rostinho meio diferente. A equipe achou esquisito, era um bebê muito irritado, chorava muito, tinha tremores. Fomos estudar e descobrimos que, em 1973, nos Estados Unidos, dois autores caracterizaram essa síndrome”, conta.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Nova fase da Operação Acrônimo tem como alvo secretário do governo mineiro

http://www.pf.gov.br/
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23/09/2016 10h30
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (23) a 9ª fase da Operação Acrônimo, que investiga vantagens indevidas concedidas a empresas na implementação de políticas públicas e esquemas ilegais que teriam beneficiado a campanha eleitoral de Fernando Pimentel (PT) em 2014, quando ele se elegeu governador mineiro. O secretário da Casa Civil e das Relações Institucionais de Minas Gerais, Marco Antônio de Rezende Teixeira, é alvo de um mandado de condução coercitiva.

O depoimento de Teixeira está previsto para hoje, mas familiares disseram aos policiais que ele não está em Belo Horizonte. A PF também cumpre mandado de busca e apreensão no apartamento do secretário. Também há mandado de condução coercitiva para Paulo Moura Ramos, atual presidente da Prodemge, empresa estatal de tecnologia da informação, e sócio de Teixeira na empresa MOP Consultoria.

O total de mandados dessa fase da Operação Acrônimo não foi informado, mas não há pedidos de prisão. A Polícia federal também cumpre mandado de busca e apreensão na sede da construtora OAS, em Brasília.

A defesa de Fernando Pimentel se manifestou sobre os desdobramentos de hoje. "Essa operação já se esgotou. O que resta é o gosto pelos holofotes e a busca desesperada de provas que não existem e de fatos que as autoridades tiveram notícia desde o ano de 2014. Não existe nem nova e nem fase na Acrônimo. O único fato verdadeiro é que a operação agoniza lentamente, diante das inúmeras ilegalidades e abusos praticados desde o seu início", diz nota do advogado Eugênio Pacelli.

Operação
Fernando Pimentel já foi indiciado pela Polícia Federal duas vezes na Operação Acrônimo. A primeira delas foi em abril, quando ele foi acusado de interceder para favorecer a montadora Caoa, representante da Hyundai no Brasil. Em 2012, quando Pimentel era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi lançado o Programa Inovar Auto, que concedia incentivos fiscais a indústrias do setor automotivo. Em troca a empresa teria repassado recurso para a campanha eleitoral de 2014.

O segundo indiciamento ocorreu na semana passada juntamente com o empresário Marcelo Odebrecht. Conforme os indícios levantados na operação, o governador recebeu propina da construtora Odebrecht, que havia sido beneficiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que na época era vinculado ao ministério comandado por Pimentel era ministro. O episódio teria sido revelado pelo empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené. Apontado como operador do esquema que beneficiava Pimentel, ele foi preso e fechou acordo de delação premiada em abril.

No dia 15 de setembro, a PF deflagrou a 8ª fase da Operação Acrônimo. Na ocasião foram cumpridos 20 mandados judiciais, sendo 11 conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além do Distrito Federal.

As investigações tinham como foco dois inquéritos policiais que apuravam eventos distintos. Um deles está vinculado ao pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica de propriedade de um dos investigados.

O outro evento apurado era a suposta negociação e pagamento de vantagens indevidas por uma empreiteira para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES. O episódio teria ocorrido entre 2011 e 2014, também durante a gestão de Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Moro diz que Lula recebia propinas de forma indireta, eram vantagens indevidas



Charge do Nani (nanihumor)

Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

O juiz federal Sérgio Moro destacou na decisão que coloca Lula no banco dos réus que não descaracteriza o ilícito a desproporção entre o valor da propina de R$ 3,7 milhões supostamente paga ao petista pela empreiteira OAS e as cifras bilionárias do esquema de corrupção na Petrobras. A força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que Lula foi contemplado com R$ 3,7 milhões da OAS, na forma de investimentos no apartamento tríplex do Guarujá – entre obras de melhorias e instalação de mobiliários – e no pagamento pela armazenagem de bens pessoais do ex-presidente. O esquema de cartel e corrupção na Petrobras, entre 2004 e 2014, segundo os investigadores causou prejuízos de R$ 42 bilhões.

“Observa-se que, embora aparentem ser, no presente caso, desproporcionais os valores das, segundo a denúncia, vantagens indevidas recebidas pelo ex-presidente com a magnitude do esquema criminoso que vitimou a Petrobras, esse é um argumento que, por si só, não justificaria a rejeição da denúncia, já que isso não descaracterizaria o ilícito, não importando se a propina imputada alcance o montante de milhares, milhões ou de dezenas de milhões de reais”, ressalta o magistrado.

MAIS ACUSAÇÕES – Moro observou que há outras investigações em curso sobre supostas vantagens recebidas pelo ex-presidente. O juiz da Lava Jato se refere a desdobramentos da investigação, um deles atribui a Lula a propriedade do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), outro apura a origem de pagamentos à LILS, empresa de palestras do petista.

Nesta terça-feira, 20, Moro recebeu denúncia da Procuradoria da República, que imputa a Lula os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Além do ex-presidente, são acusados a mulher dele, Marisa, o empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e outros quatro investigados.

PERSEGUIÇÃO – “Diante de todo o histórico de perseguição e violação às garantias fundamentais pelo juiz de Curitiba em relação ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não causa surpresa a decisão por ele proferida nesta data (20/9/2916) determinando o processamento da denúncia protocolada pelo Ministério Público Federal em 14/9/2916”, disseram em nota Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, defensores de Lula.

“Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma prova contra Lula, como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica, impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou”, diz o texto.

“Esse é um processo sem juiz enquanto agente desinteressado e garantidor dos direitos fundamentais. Em junho, em entrevista, o procurador da República Deltan Dallagnol reconheceu que ele e o juiz de Curitiba são “símbolos de um time”, o que é inaceitável e viola não apenas a legislação processual, mas a garantia de um processo justo, garantia essa assegurada pela Constituição Federal e pelos Tratados Internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir”.

SUSPEIÇÃO – “Na qualidade de advogados do ex-Presidente, apresentamos uma exceção de suspeição (5/7/2016) – ainda não julgada – e temos convicção nos seus fundamentos. Esperamos que a Justiça brasileira, através dos órgãos competentes, reconheça que o juiz de Curitiba perdeu sua imparcialidade para julgar Lula, após ter praticado diversos atos que violaram as garantias fundamentais do ex-Presidente”, dizem os advogados.

O advogado de defesa de Paulo Okamotto, Fernando Augusto Fernandes, ressalta que “não há corrupção ou vantagem ilícita no pagamento para conservação de um acervo de ex-presidente porque é considerado como patrimônio cultural brasileiro de interesse público pela Lei 8394/91″, e não há lavagem de dinheiro porque nem Lula, nem Okamotto, nem o Instituto se beneficiaram”.

“Fernando Henrique Cardoso teve o acervo pago por empresas privadas beneficiadas com diminuição de impostos por incentivo cultural”, diz a defesa, ressaltando que Okamotto, presidente do Instituto Lula, não recebeu o que foi pago para a Granero, “o valor foi pago para a empresa, que mantinha o acervo em depósito Portanto, a denúncia sem provas, sem justa causa, não poderia ser recebida e o processo também não pode ser uma farsa com o único objetivo de condenar publicamente inocentes”, conclui Fernandes. A defesa vai recorrer da decisão. Por meio de sua assessoria, a empreiteira OAS informou que não comentaria o assunto.