quarta-feira, 17 de junho de 2020

17/06 - Dia da Medicina Veterinária Militar

Medicina Veterinária Militar

A Medicina Veterinária Militar Brasileira possui um símbolo próprio. A serpente representa saúde, porque a "pele se renova", simboliza também a prudência e a sabedoria do Médico. O facho é símbolo da generosidade de ânimo, da ciência e do ardor guerreiro; emblema de luz, conhecimento e saber. 

 Cavalaria Militar
Pouco conhecida por muitos e muito respeitada pelos poucos que já tiveram a oportunidade de ver o trabalho dos profissionais desta área, a Medicina Veterinária Militar é, depois da Medicina Militar, a área médica militar mais antiga conhecida.
Combate a vetores de enfermidades em campanha
No exterior, pode-se encontrar oficiais Médicos Veterinários no Exército, Força Aérea, Marinha e Corpo de Fuzileiros Navais. No Brasil, sua atuação restringe-se apenas ao Exército Brasileiro e às Polícias Militares.

No Exército os Médicos Veterinários realizam o aprimoramento zootécnico dos animais de interesse do Exército, cooperam para a preservação do potencial humano na Força, exercem a Clínica Médica e a Cirurgia de eqüinos (na Cavalaria, na Artilharia e na Escola de Equitação do Exercito), de cães de guerra (utilizados na vigilância de instalações militares pelas unidades de Polícia do Exército da arma de Infantaria) e de animais silvestres (nos pelotões de fronteira, onde animais apreendidos e/ou debilitados são tratados, reintegrados à natureza ou mantidos para o treinamento dos militares na lida com os animais de nossa fauna) e na preservação do meio ambiente (em atuação com a Artilharia).
Pelotões de fronteira 
Cuidam da saúde da tropa na garantia da sanidade dos Postos de Comando das Grandes Unidades (junto à Comunicações), integrando os grupos de controle e erradicação de infecções hospitalares e compondo as equipes multidisciplinares dos Teatros de Operações (junto ao Serviço de Saúde), vigilância sanitária, controle e inspeção de alimentos, forragem e eliminação de pragas que possam comprometê-las (junto à Intendência) assim como pesquisas biológicas feitas no Instituto de Biologia do Exército, no Rio de Janeiro, controle da qualidade da água de consumo da tropa e estudos e atuação nos diversos aspectos da guerra química, biológica e radiológica (junto à Engenharia).
 
Instituto de Biologia do Exército

O Serviço de Veterinária está estruturado em três escalões:
1. de Direção: exercido pela Seção de Remonta e Veterinária da Diretoria de Suprimento;
2. de Apoio: exercido pela Seção de Saúde dos comandos de regiões militares; e
3. de Execução: exercido pelos laboratórios de Inspeção de Alimentos, seções de Cães-de-Guerra e seções de Veterinária de organização militar com efetivo animal.

Inspeção de Produtos de Origem Animal

Seus oficiais são selecionados por meio de concurso público e treinados na Escola de Administração do Exército - EsAEx, em Salvador-BA, para assumir as responsabilidades de um oficial do Exército, estando desta forma, sujeito a incorporação às tropas regulares de combate em tempos de guerra. O curso foi originalmente criado na EsAEx, sendo transferido para a Escola de Saúde do Exército - EsSEx e recentemente reincorporado à EsAEx. 

O aluno-oficial Médico Veterinário é incluído como Segundo Tenente de segunda classe da reserva e convocado no ato de sua matrícula e declarado Primeiro Tenente do Quadro Complementar de Oficiais - QCO no ato de sua formatura, podendo chegar ao posto de Tenente Coronel. Podem ainda ser incorporados de acordo com as necessidades do Exército, sendo selecionados e convocados formandos em Medicina Veterinária a servir por um ano como oficiais temporários (R/2). Podem ainda ser incluídos como oficiais temporários por meio de concurso para o CPOR, de onde é declarado Aspirante-a-Oficial e, após os estágios devidos, declarado Segundo Tenente, podendo ou não chegar ao posto máximo de Primeiro Tenente, não excedendo o tempo máximo de permanência que é de 8 anos no caso dos oficiais R/2.

Nas Polícias Militares, os Médicos Veterinário são também selecionados por meio de concurso público, sendo o aprovado nomeado Segundo Tenente Estagiário, podendo chegar ao posto de Tenente Coronel. Atuam cuidando da saúde de eqüinos (Cavalaria) e cães (Unidades Caninas), geralmente subordinados aos Batalhões de Policiamento de Choque. 

Alguns grupamentos de Corpo de Bombeiros Militares do Brasil, possuem cães especialmente treinados para busca e salvamento, a exemplo do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, cujos membros vestem a farda de cor alaranjada.
 
 Unidades Caninas (K-9) da Polícia do Exército-PE

Os cavalos deixaram de ser armas terrestres após a Primeira Guerra Mundial.

Na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã os cães tiveram papéis importantíssimos nos combates. São inúmeros os relatos de patrulhas que retornaram sem perdas mesmo incursionando em terrenos minados, de animais que deram o alarme durante a aproximação inimiga, que salvaram seus condutores em momentos de crise ou que retornaram sozinhos aos acampamentos mesmo quando abandonados a quilômetros de distância. O respeito das tropas que contavam com estes pequenos soldados como um de seus membros, fazia do Médico Veterinário uma figura quase tão importante quanto a do próprio Médico. 

Durante a Guerra do Vietnã mais de 4500 cães foram enviados para o combate sendo responsáveis diretos pelo salvamento da vida de mais de 10000 soldados. Do contingente canino enviado, apenas 10% retornou para casa. Embora Médicos Veterinários já fizessem parte dos efetivos militares mesmo antes da Segunda Guerra Mundial, foi durante a Guerra do Vietnã que a Medicina Veterinária Militar Moderna teve seu batismo de guerra quando oficiais Médicos Veterinários atuaram pela primeira vez nas frentes de combate, por vezes tombando sob fogo inimigo. 

A Medicina Veterinária antiga foi utilizada desde tempos imemoriais, quando a Cavalaria ainda possuía os equinos como armas.

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